Chama-se CalKula (!) e é a nova cerveja artesanal produzida no Sudoeste Alentejano, mais concretamente na freguesia de São Teotónio, devendo chegar ao mercado local a partir do próximo ano de 2019.
Produzida na unidade turismo rural Pé no Monte, a meia dúzia de quilómetros de São Teotónio, a CalKula (!) resulta do empenho de Dário Guerreiro e Gonçalo Marques. Tudo começou há cerca de seis meses, quando o primeiro, presidente da Junta de Freguesia local, se juntou ao segundo, empresário do sector turístico, para darem corpo à ideia de fazer uma cerveja artesanal que fosse identificada com o Sudoeste Alentejano.
"Somos a primeira cerveja artesanal a nascer nesta zona" litoral do Sudoeste, entre Sines e Vila do Bispo, nota com orgulho Dário Guerreiro.
O projecto ainda está na fase inicial, mas os primeiros passos dados são muito encorajadores para os dois "cervejeiros". "Agora estamos com uma capacidade de produção de cerca de 300 litros por mês e o objectivo é ir crescendo", explica Gonçalo Marques, garantindo que a meta é colocar a cerveja à venda nos restaurantes, bares e até noutras unidades de turismo rural da região. "Queremos crescer de dentro para fora", acrescenta Dário Guerreiro.
Para que tal seja possível, há ainda muito caminho a percorrer. Tanto no plano burocrático, como na "afinação" de sabores e estilos. "Estamos focados num estilo de cerveja, que é a IPA, e neste momento o que temos estado a fazer são experiências", revela Dário Guerreiro. "Partimos de uma receita-base e ao longo do tempo temos vindo a colocar lúpulos diferentes, grãos diferentes, diferentes quantidades, diferentes fermentos, e temos dado a provar a malta amiga para ouvirmos o feedback e podermos chegar a uma que seja do nosso agrado e do agrado das pessoas", explica, para logo acrescentar: "Queremos afinar procedimentos e ter uma boa cerveja, uma CalKula (!) original, que será a 'mãe' de todas as outras. Depois, as possibilidades são inúmeras", acrescenta.
Gonçalo Marques chega-se à frente e garante que desde o início que o projecto prevê a utilização "de produtos endógenos da região, como o mel ou o medronho". "Por exemplo, no fim-de-ano fizemos uma experiência, um lote pequenino, com abóbora. Ficou engraçada: saborosa e mais escura
Há quem faça cerveja com chocolate. Portanto, tudo é possível", enfatiza. "E porque não cogumelos?", interrompe a sorrir Dário Guerreiro.
Sabores à parte, "o que queremos mesmo fazer inicialmente é afirmar a marca localmente", continua Dário Guerreiro. "Se tivermos a CalKula (!) bem afirmada no nosso concelho e também em Aljezur onde temos muita gente à espera da nossa cerveja , depois é só ir crescendo", justifica.
Uma opinião que é partilhada por Gonçalo Marques. "Hoje em dia a cerveja artesanal está na moda, o sector está em crescimento e todos os meses há feiras de cerveja artesanal espalhadas pelo país, onde podemos ganhar notoriedade a nível nacional e até internacional. É um bocadinho por aí que queremos ir, mas sempre de uma forma muito natural", conclui.