O candidato bloquista à Câmara de Odemira, Pedro Gonçalves, acredita que terá um lugar na vereação do próximo executivo municipal.
Porque razão devem os odemirenses elegê-lo presidente do Município de Odemira?
Esta candidatura do Bloco de Esquerda (BE) em Odemira é o projeto que vai olhar de igual modo para o interior e para o litoral do concelho. O concelho de Odemira precisa de mudança, precisa de quem queira fazer mais por Odemira e que não esteja comprometido com o sistema vigente. Odemira neste momento é um concelho que em parte do seu território está capturado pelos "senhores" da agricultura intensiva, assente na violação dos direitos humanos do trabalhadores, nos químicos e no plástico, na sua área litoral. Um concelho abandonado e "eucaliptizado" em todo o seu território interior, onde os habitantes são vistos como odemirenses de segunda. Deverá haver uma aposta em todo o território, tratando o concelho como um todo e todos os seus habitantes de forma igual, independentemente da nacionalidade de origem, da condição social ou da cor partidária. Só o BE se constitui como verdadeira alternativa ao poder dominante e à alternância até aqui registada entre as outras forças de esquerda.
Dentro daquilo que é o vosso programa eleitoral, que áreas serão prioritárias para o mandato 2021-2025?
São vários os problemas do concelho, mas de modo resumido temos dois problemas centrais que urge resolver no imediato. O problema das vias de comunicação degradadas e sem condições e o problema da escassez de água com o qual nos vamos debater brevemente. Iremos lutar por um território mais acessível, com mais qualidade de vida, mais emprego, mais transportes, mais segurança, mais solidário, com mais cultura e mais desporto. Esbater as diferenças entre o interior e o litoral, promovendo uma verdadeira política descentralizadora, quer a nível socioeconómico, quer a nível da saúde e ambiente e com uma aposta sustentável na área do turismo. Não podemos no entanto esquecer a nossa luta pela mudança de paradigma no Litoral Alentejano e aí vamos continuar a afirmar convictamente "Nem mais uma estufa em Odemira"sem estarem resolvidos todos os problemas identificados no relatório da IGAMAOT em 2017.
Que projeto é essencial ser concretizado em Odemira?
O BE apresenta várias propostas que não caberiam em tão curto espaço, mas das quais destaco um programa municipal de habitação pública, que é a medida que permite baixar o preço das casas, o que é essencial para responder à crise. Nomeadamente, recuperar para a habitação o edificado público que está subaproveitado ou devoluto. Recuperar casas devolutas de proprietários privados sem recursos, ficando com as receitas do arrendamento para o Município até à recuperação do investimento e construir nova habitação onde e se necessário, com eficiência energética e planeamento que não reproduza os guetos habitacionais do passado.
O que será um bom resultado para a vossa candidatura na noite de 26 de setembro?
Foi a confiança de toda a equipa do BE de Odemira que nos trouxe até aqui e que nos vai levar a um resultado que esperamos histórico. Espero e conto com um bom resultado no dia 26 e é esse o sinal que temos recebido dos odemirenses. O BE deseja e vai aumentar a votação e o número de eleitos no concelho. Odemira irá fazer história e será aqui que elegeremos o primeiro vereador e o primeiro presidente de junta de freguesia para o BE no Alentejo.