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10h07 - quinta, 10/03/2022
Queremos paz!
Carlos Pinto
Dá o Outono as uvas e o vinho
Dos olivais o azeite nos é dado
Dá a cama e a mesa o verde pinho
As balas dão o sangue derramado
[ ]
Dá cada dia ao homem novo alento
De conquistar o bem que lhe é negado
Dá a conquista um puro sentimento
As balas dão o sangue derramado
[...]
Que as balas só dão sangue derramado
Só roubo e fome e sangue derramado
Só ruína e peste e sangue derramado
Só crime e morte e sangue derramado.
Manuel da Fonseca, in Poemas para Adriano
O dia 24 de fevereiro de 2022 vai ficar na nossa história pelos piores motivos. Numa altura em que todos pensávamos estar a ver "a luz ao fundo do túnel", ultrapassando as dificuldades sanitárias, sociais e económicas causadas pela pandemia, eis que um tirano decide iniciar um golpe militar sobre um país vizinho sem qualquer razão plausível.
O ataque da Rússia à Ucrânia, "justificado" por argumentos de cariz histórico falaciosos e em perceções de segurança inusitadas, constitui uma verdadeira "machadada" na sensação de paz que a Europa vinha a sentir desde a década de 90, com o final da Guerra dos Balcãs.
Desde essa altura que o "velho continente" foi sinónimo de paz e prosperidade, muito pela ação agregadora e conciliadora da União Europeia, projeto que, incompreensivelmente, alguns ainda teimam em criticar (inclusive em Portugal, onde alguns responsáveis políticos pedem a saída do país desta união, apesar de que muito ter beneficiada da mesma).
Os ataques a cidades como Kiev e Kharkiv, a tomada de centrais nucleares como Chernobyl e Energodar, os ataques com misseis a edifícios residenciais, hospitais e escolas, e a mole de refugiados em fuga são, sem meias palavras, um verdadeiro "pesadelo" para a Europa.
Por isso, mais que nunca e antes de tudo, queremos paz!