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16h27 - quarta, 05/04/2023
(In)segurança?
Carlos Pinto
Os números da criminalidade no Alentejo Litoral em 2022, que lhe damos a conhecer na página 5 desta edição do "SW", são "agridoces". De acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2022, já aprovado pelo Conselho Superior de Segurança Interna e que vai ainda ser avaliado no Parlamento, no ano passado foi registado um total de 3.915 crimes participados às autoridades em toda a região do Alentejo Litoral, ou seja, mais 555 que em 2021.
Por concelhos, Odemira foi o município com mais participações registadas (num total de 1.014) e Alcácer do Sal aquele onde houve menos crimes (485).
Os dados do RASI 2022 revelam ainda que a criminalidade geral aumentou 19,4% no distrito de Beja e 9% no de Setúbal, enquanto a criminalidade violenta a grave registou aumentos de 42,9% e de 17,8% em Beja e Setúbal, respetivamente.
Já no que toca à violência doméstica, Beja registou um aumento de 24,6% no número de casos registados em 2022, enquanto em Setúbal este crime cresceu 16,9% face ao ano anterior.
Toda esta contabilidade deve motivar-nos alguma apreensão, sobretudo pelo facto da criminalidade estar a aumentar na região há três anos seguidos. Mas, por oposição, os resultados apresentados pelo RASI também nos devem causar alguma satisfação, pois são igualmente sinónimo da existência de forças de segurança cada vez mais assertivas na sua ação de fiscalização e/ou investigação.
Entre o deve e o haver, o RASI 2022 dá-nos a conhecer números perigosos que nos devem fazer refletir (e a quem de direito), para que seja possível inverter este quadro no futuro mais próximo. Para tal, é preciso evitar cair em populismos demagógicos e desfasados da realidade, apostando cada vez mais isso sim! na prevenção, na sensibilização e na deteção precoce de eventuais casos de ilícito criminal. Porque o Alentejo Litoral é uma região segura e é assim que deve continuar a ser encarada por aqueles que cá vivem ou que nos visitem.