17h00 - quinta, 18/05/2023
Economia dá sinais positivos
Carlos Pinto
Enquanto vamos passando os dias ao sabor de pequenas polémicas e outras questiúnculas "menores", seja à espera que a comissão de inquérito da TAP chegue ao fim, saber qual o próximo sabor de gelado escolhido pelo Presidente ou que clube vai ser o novo campeão nacional de futebol, há todo um país que vai dando sinais de recuperação e vitalidade.
Talvez por isso, e sem que muitos tenham dado por tal, ficámos a saber, no final do passado mês de abril, que o Produto Interno Bruto (PIB) português avançou 2,5% em termos homólogos nos primeiros três meses deste ano, sendo o terceiro melhor registo entre os países da União Europeia (UE). Melhor: o crescimento em cadeia, ou seja, em comparação com os três meses anteriores, foi de 1,6%, o mais alto da UE.
Já em maio, o famigerado (e de má memória) Fundo Monetário Internacional (FMI) veio a público rever a sua projeção para o crescimento da economia portuguesa em 2023, passando de 1% para 2,6%, um valor muito acima dos 1,8% projetados pelo Governo e pelo Banco de Portugal.
Quer tudo isto dizer que, afinal de contas, há um país que está a conseguir superar as dificuldades dos últimos meses, desde a retoma pós-pandemia aos efeitos nefastos da invasão russa à Ucrânia. É certo que as dificuldades das famílias no dia-a-dia ainda são muitas, mas todos estes dados são um sinal positivo da economia, que demonstra desta forma que existem condições para "dar a volta" à crise, que é o que realmente interessa aos portugueses.
Muito mais que saber quem chamou o SIS, se as relações entre Belém e São Bento estão de "cortar à faca" ou se a festa do título será no Marquês ou nos Aliados.
2. A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, decretou, por fim, o estado de seca severa e extrema em grande parte dos territórios a sul do país, Alentejo Litoral incluído. Diz o ditado que "mais vale tarde que nunca", mas esperemos que neste caso e sabendo nós do quão exigente e burocrático é operacionalizar medidas desta natureza não se tenha perdido tempo a mais
Outros artigos de Carlos Pinto