10h25 - quinta, 13/07/2023

FACECO, uma feira marcante


Carlos Pinto
Está à porta mais uma edição da FACECO – Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, certame que a Câmara Municipal organiza anualmente na vila de São Teotónio.
O evento é a grande "montra" de tudo aquilo que de bom se faz no maior concelho de Portugal e a sua importância para a economia local vai muito além do que à primeira vista se pode pensar de uma feira desta natureza.
É certo que as mostras de artesanato, os concursos de gado, as exposições de produtos endógenos, os stands das associações locais ou as manifestações culturais – desde o cante alentejano à música mais moderna – são uma faceta bastante importante da FACECO.
Mas se a feira já vale por tudo isto, é inegável que ao longo dos seus quase 31 anos o evento tem sabido também amadurecer e ser, cada vez mais, o espelho do dinamismo económico e social local, tornando-se num espaço de debate e diálogo onde se "parte muita pedra" em busca das melhores (e mais sustentáveis) soluções para o território.
É precisamente este o caminho que a FACECO deve continuar a trilhar. Ou seja, manter intactos os princípios que nortearam a sua criação no já longínquo ano de 1989 e, em simultâneo, ter a capacidade de perceber as exigências do futuro e assumir novos desafios.FACECO tem sabido amadurecer e ser, cada vez mais, o espelho do dinamismo económico e social
local do concelho.
Se assim for, a FACECO será cada vez mais a "bandeira" de um concelho (e até de uma região) que tem enormes potencialidades em áreas como a agroindústria ou o turismo.
"Eterno" Presidente Fernando Cabecinha acaba de ser eleito para mais um mandato à frente dos destinos do Praia de Milfontes, mas em entrevista ao "SW" [ver página 11] afiança que serão os últimos dois anos na
presidência do clube. "Estou a preparar a minha saída no próximo mandato… Em 2025 já não tenciono recandidatar-me", diz.
A dedicação que Fernando Cabecinha tem votado ao clube da sua terra é de aplaudir e destacar. Mas também nos deve levar a uma reflexão profundo sobre aquilo que é a realidade do nosso associativismo, onde são cada vez mais os dirigentes com 10, 20 ou mais anos de funções. Que se passa com a nossa sociedade e com as nossas comunidades, onde são cada vez menos aqueles que se disponibilizam para o bem comum?



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