Portugal vai a votos no próximo domingo, dia 10 de março, para eleger os 230 deputados da Assembleia da República, que depois, em função da correlação de forças à direita e à esquerda, irão permitir a criação de um novo governo.
As últimas semanas têm sido, portanto, dias de campanha. Com muitos fait divers à mistura, de "diz que disse ou não disse", de comícios e arruadas, de visitas a mercados e feiras, de provas de vinho e jantares de carne assada. Em todos estes momentos, os diversos candidatos (à escala nacional e/ou regional) tentam demonstrar por que razão a sua candidatura é a melhor que serve o país e/ou a região, dirimindo argumentos com populares e rivais.
As eleições de 10 de março são fundamentais para o futuro que se avizinha. Os desafios que o país tem pela frente são bastante exigentes, num cenário de conflitos bélicos na Europa, de crescimento de extremismos em várias latitudes (e as eleições nos EUA são já no final do ano, com o risco de nova "deriva" populista), de crise inflacionária que teima em abrandar e de riscos ambientais a que urge dar resposta célere. contudente e eficaz.
Por tudo isto, cabe a todos nós, eleitores, ouvir e refletir sobre as propostas de cada partido, porque 10 de março será mesmo o "dia de todas as decisões".
Neste domingo cabe a todos nós o dever de exercer um direito conquistado há quase 50 anos e ir votar.
Neste domingo cabe a todos nós optar pelo racionalismo e pela seriedade em detrimento do populismo barato e rasca.
Neste domingo, cabe a todos nós cuidar da Democracia e das conquistas entretanto alcançadas. É a hora de Democracia se valer a si própria!

2. O historiador António Martins Quaresma, colaborador do "SW", acaba de editar mais um livro, desta feitra sobre a história da freguesia de Porto Covo. Mais um contributo para a memória coletiva por parte de um dos mais profundos conhecedores da nossa região. Um trabalho meritório e que merece ser aplaudido.