António Ceia da Silva ou Roberto Grilo: um deles vai liderar a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo nos próximos quatro anos. As eleições estão previstas para esta terça-feira, 13 de Outubro, e a decisão cabe aos 1263 autarcas que compõem o colégio eleitoral, que inclui todos os presidentes de câmara, vereadores (com ou sem pelouro atribuído) e eleitos nas assembleias municipais (incluindo os presidentes de junta de freguesia).
Ceia da Silva, de 57 anos e actual presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, foi o primeiro a avançar com uma candidatura à presidência da CCDR do Alentejo, contando com o apoio das estruturas federativas do PS do Baixo Alentejo, de Évora e de Portalegre.
A sua candidatura, diz, surge "com o sentido de servir" a região, esperando contar "com o apoio de todos os autarcas, independentemente das suas opções partidárias".
"Este é um projecto por uma região e que pensa no Alentejo como um todo", argumenta Ceia da Silva, para quem as CCDR "têm de ter uma filosofia e uma intervenção diferente, têm que ser órgãos de coordenação política regional, que criem dinâmicas regionais e tenham uma forte ligação à componente do desenvolvimento económico da região".
"E há grandes projectos que temos em conjunto e que estão há anos para serem desenvolvidos", sendo necessário que "lutemos todos juntos para que possam ser materializados", defende Ceia da Silva, dando como exemplo "a electrificação da linha ferroviária até ao Baixo Alentejo, o acesso ao aeroporto de Beja, a ligação do Poceirão ao Caia ou a ligação à A23".
Na "corrida" pela presidência da CCDR do Alentejo para os próximos quatro anos surge igualmente o economista Roberto Grilo, de 48 anos e que lidera este organismo desde 2015, por nomeação do então Governo PSD/CDS-PP.
Segundo Roberto Grilo, a sua candidatura nasce por "imperativos de consciência", por considerar que pode ser "útil" ao território, por contar com "incentivos muito fortes"por parte da comunidade alentejana e ter apoios de todos os quadrantes políticos.
"O motivo principal [da minha candidatura] é a convicção de que posso ser útil ao território, no âmbito das competências da CCDR do Alentejo, para além dos incentivos muito fortes da comunidade alentejana, em especial dos autarcas, de todos os partidos e forças independentes", diz.
Roberto Grilo afirma ainda que o facto de ser militante do PSD não afecta a sua candidatura.
"O meu trabalho nos últimos cinco anos e o apoio transversal a todos os partidos de que beneficio é o melhor garante de que a minha candidatura é independente, aliás, é a única candidatura independente em todo o território nacional nestas eleições", afiança.