O povo é quem mais ordena!

As eleições Autárquicas são um momento fundamental da democracia em Portugal e talvez aquele que diz mais às populações. É nesta altura que os cidadãos podem, livremente, eleger os futuros responsáveis pela gestão das suas câmaras, assembleias municipais ou juntas de freguesia e, desta forma, influenciar diretamente o futuro das suas terras.
Ao contrário do que sucede nas Legislativas, votar nas Autárquicas permite a cada cidadão contribuir, através do seu voto, para o rumo a seguir em áreas tão diversas como os transportes, a habitação, o urbanismo, a cultura, a educação ou o ambiente.
Mas votar, além de uma conquista democrática e de um direito inalienável, é também um dever cívico que exige informação e ponderação. Por isso mesmo, é essencial conhecer os programas eleitorais apresentados pelos diferentes partidos e/ou movimentos, analisar as propostas com espírito crítico e identificar aquilo que são promessas “vazias”, em contraponto com medidas exequíveis e realistas.
Mais: nas eleições Autárquicas é fundamental saber quem são os candidatos em que se vai votar. De onde vêm? O que fizeram ao longo do seu percurso de vida? Qual o seu envolvimento com a comunidade que agora se propõem a representar? Esta avaliação mais “pessoal” não deve ser encarada como um pormenor em todo o processo eleitoral, mas sim como um passo fundamental na formação de uma decisão (e consequente do voto).
A par disso, é também imperioso estar atento aos riscos do populismo, quase sempre envolto em discursos dóceis e “orelhudos”, mas com muita espuma e pouca substância. Um caminho estreito que a maioria não quer, seguramente, trilhar no futuro mais próximo…
É tudo isto que deve ser levado em linha de conta por cada um de nós no próximo domingo, 12 de outubro, dia de eleições Autárquicas em Portugal. O resto será a democracia a funcionar. Porque no final, será sempre o povo quem mais ordena!

2. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Odemira celebra 90 anos na próxima quarta-feira, 15 de outubro. São nove décadas de altruísmo e de dedicação ao próximo que merecem ser comemoradas, ainda mais num tempo em que o individualismo se sobrepõe à vida em comunidade. Parabéns a todos os bombeiros e àqueles que, voluntariamente, têm colaborado com a instituição ao longo deste percurso quase centenário.

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