Hélder Guerreiro
quer “fazer mais e
melhor por Odemira”

Os odemirenses votaram e o socialista Hélder Guerreiro acabou por ser reeleito presiden-te da Câmara Municipal deste concelho do Alentejo Litoral nas eleições Autárquicas realizadas a 12 de outubro. “Ficamos naturalmente satisfeitos por termos vencido e du-plamente satisfeitos por termos mais votos do que há quatro anos”, frisa ao “SW” o ree-leito autarca, garantindo que a sua equipa quer “fazer mais e melhor por Odemira”.

Nas eleições de 12 de outubro, o PS voltou a ser a força política mais votada no concelho de Odemira, com quase 3.500 votos de vantagem. Foi uma votação que, simultaneamente, foi um voto de confiança da população no PS?
Eu penso que sim! Por um lado, foi uma vitória democrática importante para nós, tendo em conta que era também o final do primeiro mandato e a primeira recandidatura. Foi uma primeira avaliação, digamos assim, ao trabalho do executivo, àquilo que nós tínha-mos sido capazes de fazer, e penso que isso era mesmo importante. Por outro lado, é uma vitória importante por termos tido mais votos do que há quatro anos, num contexto geral em que há uma tendência de degradação do eleitorado do PS a nível nacional e, parece-me a mim, foi muito importante este aumento do número de pessoas que decidi-ram votar no PS no concelho de Odemira. Portanto, ficamos naturalmente satisfeitos por termos vencido e duplamente satisfeitos por termos mais votos do que há quatro anos. E também porque a maioria das juntas de freguesia e a maioria na Assembleia Municipal é do PS, o que nos permite agora, durante estes quatro anos, podermos fazer naturalmente aquilo que queremos sempre, que é fazer mais e melhor pelo nosso concelho.

Os próximos quatro anos serão de continuidade no trabalho a realizar na Câ-mara Municipal?
As autarquias, felizmente, em todo o lado – e aqui em Odemira por maioria das razões –, não são espaços vazios. Houve coisas que foram acontecendo ao longo dos últimos anos e o concelho de Odemira tem evoluído muitíssimo, com todos os executivos, desde 1976. Portanto, o trabalho nunca acaba, há sempre coisas por fazer! E nós definimos que teríamos aqui um projeto para 12 anos, em que queríamos fazer algumas mudanças signi-ficativas naquilo que é a base económica do concelho de Odemira e também dentro da própria município, continuando um processo que para nós é muito importante de renova-ção e modernização e de um modelo de atendimento às pessoas e aos municípios muito mais eficaz e que responda às necessidades de cada um. Portanto, este segundo mandato é mais um passo nessa concretização.

De que forma?
No primeiro mandato tivemos que lançar todos os projetos que tinham ficado para trás, mas que estavam numa perspetiva de poderem-se constituir como investimentos no mandato anterior, e de alguma forma respondemos àquilo que era fundamental, que era também lançar todos os investimentos necessários para o Alentejo 2030, ou seja, para este período de programação dos fundos comunitários. Isso foi feito e as obras estão a decorrer. Mudámos completamente o modelo de funcionamento da Câmara Municipal, em que passámos de sete para 17 unidades orgânicas, no sentido de dar a justa dimensão que o Município de Odemira tem. Isso foi um trabalho feito que, agora vamos aprofun-dar e continuar para a frente, no sentido de que queremos dar mais e melhores condições de trabalho aos funcionários, queremos ter mais e melhores espaços de trabalho para os nossos funcionários, melhores equipamentos e termos, de facto, uma estrutura que res-ponda melhor. Ter uma resposta integrada ao munícipe é o nosso objetivo para este mandato. Na certeza que, no último mandato, o que queremos é “afinar” esse processo e melhorar no que quisermos melhorar.

O mundo não é estático, as prioridades vão-se alterando em todos os quadran-tes. Para este quatro anos, que áreas serão prioritárias para o Município de Odemi-ra?
Depois de termos garantido que a Cultura era, de facto, uma das áreas importantes de oportunidade de emprego, de promoção do nosso território e de criação de riqueza, va-mos agora olhar para o Desenvolvimento Económico como um todo e trabalhar muito esta questão no nosso concelho. Outra questão que para nós também é relevante é o pa-radigma dos grandes investimentos e da qualidade dos espaços e dos equipamentos pú-blicos. É para aí que queremos ir, queremos começar a ter mais capacidade de investi-mento na qualidade dos nossos equipamentos e dos espaços públicos. A qualidade de vida também depende muito disso e em vez de fazer mais novo, queremos fazer daquilo que temos algo muito melhor.

Para estes quatro anos, que projetos ou obras define poderão ser marcan-tes?
Haverá um investimento na nossa rede viária, que será bastante significativo e que vai ser feito. Os investimentos nas escolas também, pois sentimos que vai haver financia-mento para fazermos um investimento nessas escolas. E há uma obra que será certamente emblemática e que ficará para o futuro, que é o novo Arquivo Municipal. Ainda que não seja algo que todas as pessoas entendam como um investimento importante, é um inves-timento que vai permitir libertar outros espaços e permitir que tenhamos mais qualidade e mais segurança naquilo que é o património histórico do nosso concelho.