quinta-feira, 23/10/2025
“Maré rosa” no Alentejo Litoral
Carlos Pinto
Em contraciclo com o território nacional, o PS foi o grande vencedor das eleições Autárquicas de 12 de outubro no Alentejo Litoral. Foi uma verdadeira “maré rosa” a varrer a região, até agora de maioria comunista, com os socialistas a vencerem três câmaras (e mais uma de forma indireta), enquanto a CDU conquistou apenas um município.
Em Odemira, e apesar de ter perdido um vereador face ao mandato ainda em curso, o PS foi avassalador e venceu as eleições para a Câmara Municipal com uma vantagem bastante confortável (quase 3.500 votos de diferença) e viu a oposição ficar pulverizada – ou seja, ao invés de ter apenas a CDU na oposição, os socialistas passam a encontrar no executivo eleitos de três forças políticas distintas: CDU, Chega e AD.
Hélder Guerreiro recebeu desta forma um forte voto de confiança por parte da população, tendo pela frente mais quatro anos de mandato que serão, seguramente, bastante exigentes e marcados por questões ligadas à habitação, às acessibilidades e à sustentabilidade ambiental.
Os socialistas “cantaram” ainda vitória em Grândola e em Alcácer do Sal, concelhos onde já tinham estado na gestão da respetiva câmara municipal e que agora recuperaram, por intermédio de Luís Vital e Clarisse Campos, respetivamente, à CDU.
A par disso, o PS pode ainda celebrar a conquista da Câmara de Santiago do Cacém pelo movimento Somos Todos Cidadãos (que os socialistas, e também o PSD, apoiaram, abdicando de candidatura própria neste concelho). Cabe agora ao eleito presidente Bruno Gonçalves Pereira dar a um impulso diferente a um município que era um “bastião” do PCP e que agora entra numa nova fase da sua gestão política.
Por fim, em Sines, a CDU venceu de forma concludente uma “corrida” que se previa disputada, ainda que sem a desejada maioria absoluta. Álvaro Beijinha é o presidente que se segue, num executivo com eleitos de quatro forças políticas e num concelho com imensos desafios sociais, ambientais e económicos pela frente.
Contas feitas, resta esperar por 2029. Até lá, que os vencedores façam uma boa gestão dos nossos municípios e os vencidos protagonizem uma oposição séria e construtiva.
Em Odemira, e apesar de ter perdido um vereador face ao mandato ainda em curso, o PS foi avassalador e venceu as eleições para a Câmara Municipal com uma vantagem bastante confortável (quase 3.500 votos de diferença) e viu a oposição ficar pulverizada – ou seja, ao invés de ter apenas a CDU na oposição, os socialistas passam a encontrar no executivo eleitos de três forças políticas distintas: CDU, Chega e AD.
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