quinta-feira, 06/11/2025

Democracia tem de prevalecer!


Carlos Pinto
O Chega nasceu como um partido sem causas, apenas como sendo “do contra”. Contra os emigrantes, contra a corrupção, contra os “tachos”, conta o “sistema”, contra tudo e mais alguma coisa, desde que isso lhe valesse atenção mediática e seguidores nas redes sociais e demais fóruns de debate na Internet.
Com o passar dos anos, o partido foi-se afirmando eleitoralmente, sobretudo à custa do carisma de seu “querido líder”, bem falante mas que não deixa os outros falar enquanto tenta passar a sua mensagem enviesada, truncada e muitas vezes falsa envolta num discurso enérgico, contundente e ofensivo.
O certo é que, eleição após eleição, o Chega deixou de ser um fait divers e aquele apontamento de reportagem que tanta imprensa nacional gosta de destacar, em jeito folclórico e sem uma verdadeira reflexão sobre os fundamentos deste movimento, para se tornar num caso sério na política nacional.
Por isso, estamos como estamos – o Chega é o segundo partido com mais deputados na Assembleia da República, o terceiro mais votado em eleições legislativas e, desde 12 de outubro, até já têm câmaras municipais sob sua gestão.
O próximo “alvo” do partido é a Presidência da República, com André Ventura a ter legítimas possibilidades de chegar, no mínimo, a uma segunda volta, alicerçado em hordas de apoiantes que não olham a meios para o colocar no Palácio de Belém.
Neste caminho, o partido foi também deixando cair “a máscara” de pseudo-democrata, seja nos mais recentes cartaz colocados em diferentes pontos do país ou, sobretudo, nas declarações públicas de que eram precisos “um novo regime” e “três Salazares para pôr Portugal na ordem”.
Num tempo em que, um pouco por todo o mundo, a ficção parece ocupar o lugar da realidade e em que a memória é desprezada e colocada a um canto, o nosso caminho não pode passar por aí. Nunca, nunca mais. O caminho da Democracia é sinuoso e exigente. Mas que todos tenhamos essa consciência e façamos tudo para não “voltarmos” a 24 de abril de 1974.


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