07h00 - sexta-feira, 10/10/2025

Mudança de ciclo
autárquico no
Alentejo Litoral

O próximo domingo, 12 de outubro, vai marcar uma mudança de ciclo político no Alen-tejo Litoral! A correlação de forças nas cinco autarquias da região até pode continuar a ser mesma e manterem-se alguns autarcas, mas uma coisa em certa: em Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines vai de certeza haver novos presidentes após as eleições Autárquicas.
Só mesmo em Odemira é que o atual presidente, o socialista Hélder Guerreiro, poderá continuar em funções, numas eleições com um total de seis candidatos à Câmara Muni-cipal.
Mas vamos por partes, ou melhor, por concelhos. Nas eleições Autárquicas deste ano, CDU e PS disputam “taco a taco” a presidência da Câmara de Alcácer do Sal, onde o atual presidente, o comunista Vítor Proença, está de saída e que a partir do próximo mandato contará com menos eleitos no executivo (passa de sete para cinco), devido à perda de população.
O atual presidente da União de Freguesias de Alcácer do Sal, Arlindo José Passos, é a escolha da CDU para manter a presidência da Câmara de Alcácer do Sal. É uma “aposta que dá continuidade ao projeto, à visão e às propostas da CDU e que pretende aprofun-dar ainda mais uma gestão democrática, de proximidade e inovadora”, justificam os co-munistas.
Já o PS tem como cabeça de lista a atual vereadora e deputada Clarisse Campos, que se propõe a “concretizar o muito que há a fazer” no concelho. É uma candidatura que irá “devolver a esperança às pessoas, que fortaleça as nossas comunidades e o nosso territó-rio, que motive os jovens a fixarem-se na nossa terra e que valorize as nossas riquezas”, sublinha.
O empresário e gestor Gonçalo Nunes é o candidato da coligação PSD/CDS-PP em Al-cácer do Sal, tendo como objetivo “resolver os problemas reais da população” e “fazer política acima dos interesses partidários”.
Para o candidato da direita moderada, são necessários “equipamentos logísticos, espaços industriais onde se desenvolvam essas atividades” e um Gabinete de Atividades Eco-nómicas “que faça a interligação entre os agentes económicos e as entidades competen-tes nos diversos setores”.
Por fim , o Chega candidata em Alcácer do Sal o técnico superior Virgílio Silva, que quer “incentivar as pessoas a viverem neste concelho, além de fixar a população”. Entre as sua prioridades está ainda o regresso do comboio ao concelho.
Nas eleições de 2021, a CDU venceu em Alcácer do Sal com 48,09%, elegendo quatro vereadores. O PS somou 43,98% dos votos e garantiu três eleitos.

CDU e PS disputam “vila morena”
Vai haver novo presidente na “vila morena”, com os candidatos de CDU e PS a assumi-rem maior favoritismo na corrida à sucessão do comunista António Figueira Mendes.
Pela CDU avança Fátima Luzia, atual presidente da União de Freguesias de Grândola e Santa Margarida da Serra, assumindo uma candidatura de “continuidade do trabalho e intervenção” do partido “à frente dos destinos do concelho nos últimos três mandatos”.
Segundo a CDU, trata-se de “uma aposta que dá continuidade ao projeto, à visão e às propostas” da coligação.
O vereador e engenheiro informático Luís Vital Alexandre é a aposta do PS à Câmara de Grândola, numa candidatura “plural e mobilizadora das forças vivas locais” para “operar uma viragem nos destinos” deste concelho. “Não se explica como é que uma câmara que tem orçamentos na ordem dos 100 milhões de euros se revela manietada, tão bloqueada face ao que são as reais necessidades das pessoas e reais expectativas que têm para o futuro”, defende.
Pela coligação PSD/CDS-PP é candidata a deputada Sónia dos Reis, que entende que o concelho “precisa de [um] desenvolvimento sustentável" que "não ponha em risco a saú-de e a segurança das pessoas”. “Precisamos de um desenvolvimento que seja benéfico para a população local, que traga emprego, oportunidades de futuro e que não seja mais um PIN [Projeto de Interesse Nacional], daqueles que herdámos do PS, que venha de-pois com suspeitas de que nem tudo está bem”, advoga.
Já a Iniciativa Liberal tem como cabeça de lista o engenheiro zootécnico e empresário Aurélio Ataíde Rocha, que defende “uma política sustentável” e “políticas sociais agra-dáveis para que as pessoas possam ter qualidade de vida”.
Por fim, o técnico de manutenção industrial Hugo Constantino lidera a candidatura do Chega em Grândola e promete lutar “pela defesa dos grandolenses [em prol] dos interes-ses económicos na região”.
Há quatro anos, a CDU venceu as eleições para a Câmara de Grândola com 44,54% dos votos, garantindo quatro vereadores. Os restantes três eleitos foram eleitos pelo PS, que obteve 41,90% dos votos.

Independentes “ameaçam” CDU em Santiago
Um movimento independente, que tem o apoio de PS, PSD e CDS-PP, é a grande ame-aça à hegemonia da CDU na Câmara de Santiago do Cacém, que tem liderado desde as primeiras eleições Autárquicas, em 1976.
Com o atual presidente, Álvaro Beijinha, de saída, a CDU candidata Vítor Proença, que cumpriu os últimos três mandatos à frente da Câmara de Alcácer do Sal, já depois de ter liderado a autarquia de Santiago do Cacém.
Neste seu regresso à “casa de partida”, Vítor Proença assume a ambição de “continuida-de ao projeto, à visão e às propostas” da coligação liderada pelo PCP, além de pretender “aprofundar ainda mais uma gestão democrática, de proximidade e inovadora”.
A grande “ameaça” aos 49 anos de gestão comunista é a candidatura do movimento independente Somos Todos Cidadãos, liderada por Bruno Gonçalves Pereira, que conta com os apoios de PS, PSD e CDS-PP. “Não somos uma candidatura para desfazer o que de bem está feito, mas defendemos que temos de ter uma visão mais além”, afirma o candidato, que aponta “a habitação surge como eixo central” do seu projeto.
Por sua vez, a investigadora e ativista Kaya Schwemmlein é a cabeça de lista da coliga-ção Renovar Santiago do Cacém, formada por Bloco de Esquerda, Livre e PAN. Uma candidatura que quer “promover o emprego com direitos, casa digna para morar, serviços de saúde, uma cultura de desporto para todos” e que tem “como missão o serviço públi-co”.
Finalmente, a deputada e enfermeira gestora Cláudia Estevão é a candidata do Chega à Câmara de Santiago do Cacém, assumindo “um compromisso claro com a mudança e com a rutura com décadas de governação comunista, marcadas pelo imobilismo, cliente-lismo e degradação dos serviços municipais”.
Nas Autárquicas de 2021, a CDU alcançou uma votação de 43,25%, com quatro eleitos. Seguiram-se as candidaturas do PS, com 27,26% e dois eleitos, e da coligação PSD/CDS-PP, com 15,41% e um eleito.

PS quer segurar Sines, mas oposição “aperta”
Com o socialista Nuno Mascarenhas de saída após três mandatos, são cinco os candida-tos à presidência da Câmara de Sines, numa “corrida” com desfecho incógnito e que deve ser decidido por poucos votos.
Para manter a gestão da autarquia siniense, que lidera desde 2013, o PS aposta na atual vereadora Filipa Faria, que apresenta um “projeto coletivo, amplo e aberto a todos quan-tos têm uma visão de prosperidade para Sines e para Porto Covo e ambicionam um futu-ro de crescimento, mas equitativo”.
Depois de ter sido a surpresa há quatro anos, com a eleição de dois vereadores, o movi-mento MAIS tem como cabeça de lista à Câmara Municipal o vereador Gonçalo Naves, que pretende “construir uma alternativa credível e mobilizadora da sociedade civil que inicie um novo ciclo político de desenvolvimento em Sines”.
Já a CDU, que entre 1976 e 2013 liderou a Câmara de Sines mas que em 2021 elegeu apenas um vereador, aposta forte com a candidatura de Álvaro Beijinha, atual autarca do concelho vizinho de Santiago do Cacém. Esta candidatura “assume-se como alterna-tiva à desastrosa gestão do PS, sendo portadora de um projeto que está ao serviço das populações e do desenvolvimento do concelho”, frisam os comunistas.
À direita, a coligação Sines: De todos para todos, que junta PSD e CDS-PP, apresenta como candidato o empresário Miguel Vaz, que diz apresentar aos eleitores “uma visão renovada e um compromisso de liderança focada nas pessoas e no futuro da região”.
Já o Chega repete a candidatura do técnico auxiliar portuário Jorge Maia, que elege “a segurança, a imigração e a habitação” como temas principais do seu programa eleitoral.
Nas eleições de há quatro anos, o PS conquistou a presidência da Câmara de Sines, com uma votação de 50,24% e quatro eleitos, à frente do movimento MAIS, com 26,19% e dois eleitos, e da CDU, com 14,32% e um eleito.

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